quinta-feira, 11 de agosto de 2011

OS RELACIONAMENTOS E OS PAPÉIS FAMILIARES

Década de 50-60 



O pai era o homem trabalhador, que sustentava a casa, nada deixando faltar à família. Era ainda quem detinha a autoridade, sendo a fonte de apoio que, em caso de necessidade, era solicitada. A mãe era rigorosa no cuidado da casa, sempre bem arrumada e limpa, possuía atividades religiosas e não descuidava da educação dos filhos. Pelos relatos, percebeu-se uma educação rígida, com pouca proximidade e expressão da afetividade dos pais para com os filhos.
À criança cabia um papel de obediência, de respeito ao mais velho, de comportamentos adequados, de cumprimento de suas obrigações escolares, sendo que, para as meninas, havia maior exigência de um comportamento que correspondesse ao papel ligado ao sexo feminino. Havia uma acentuada divisão do mundo das crianças e dos adultos, onde o comportamento esperado delas sinalizava o êxito da educação.

A percepção das transformações ocorridas


A dedicação das mães alterou-se com o passar do tempo. Antes, ela aparecia no fato de elas permanecerem em casa durante todo o dia, tendo a criança sob sua vigilância, ainda que estivessem muito voltadas para os cuidados com o lar, pois o dia-a-dia era mais difícil e não existiam certos confortos e comodidades, possíveis hoje graças ao progresso tecnológico. Na atualidade, as mães passam menos tempo com os filhos, devido ao trabalho fora de casa, existindo o cuidado de pessoas estranhas à família, mas o que surge como fundamental não é o número de horas de proximidade, e sim a qualidade destes momentos e da relação estabelecida entre mães e filhos.

Discussão e Conclusões


Quando se analisa a atualidade, as transformações ocorreram principalmente na rotina das famílias devido ao trabalho das mulheres fora do lar, tendência observada em outros países, como a França e os Estados Unidos (Body-Gendrot, 1992). Suas consequências aparecem de diferentes maneiras. Na primeira, o pai torna-se mais próximo e participativo na educação dos filhos. No entanto, fica claro que permanece o fato de a mãe ser a principal responsável pela criação dos filhos, ficando a seu cargo a definição deste processo. Isto transparece nos dados, quando os pais (homens), indagados a respeito do ingresso das crianças na escola, quais os brinquedos que possuem, quais os programas de televisão que assistem, entre outras, mostraram ignorar as respostas, recorrendo às mulheres para auxiliá-los.
A visão de criança e seu papel modificam-se e aquela que devia ser obediente, respeitar os mais velhos, não discutindo com eles, hoje argumenta e luta por suas idéias, vontades e desejos. Esta situação é possível devido à prática de educação utilizada, que permite e até incentiva questionamentos, os quais não são percebidos como "falta de respeito", mas como uma expressão de direito da criança. Através do diálogo, a distância que havia entre o mundo dos adultos e das crianças torna-se tênue.
O relacionamento entre pais e filhos é outro aspecto que chama a atenção, pois a criança hoje é considerada um indivíduo, com o direito de se expressar e de argumentar, e os adultos acabam tendo com elas praticamente uma relação de igualdade, embora, ao mesmo tempo, sejam eles os responsáveis pela educação dos filhos, cabendo-lhes portanto a autoridade (questionada muitas vezes). E tanto os pais quanto as mães consideram que este tipo de relação mostra que as crianças hoje são mais independentes do que estes foram em sua infância.




Um comentário:

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